Aventura na Patagônia: Torres del Paine, Glaciar Perito Moreno e o Canal de Beagle

Viajar para a Patagônia sempre foi um sonho antigo meu e do meu marido. Depois dos 40, começamos a valorizar ainda mais experiências que nos tiram da rotina, nos reconectam com a natureza e, principalmente, nos permitem viver momentos únicos — só nós dois, no nosso ritmo. E a Patagônia nos presenteou com tudo isso… e muito mais.

Localizada no extremo sul da América do Sul, essa região remota e selvagem é como um convite aberto à aventura e ao encantamento. Entre montanhas colossais, ventos intensos e uma beleza que parece intocada, a Patagônia nos fez sentir pequenos diante da grandeza do mundo — e ao mesmo tempo profundamente vivos.

Nessa viagem, escolhemos três destinos que são verdadeiros ícones da região e que nos emocionaram de maneiras diferentes: o majestoso Parque Nacional Torres del Paine, no Chile, onde fizemos trilhas que desafiaram nossas pernas e aqueceram nossos corações; o Glaciar Perito Moreno, na Argentina, onde o som do gelo se partindo ficará para sempre na nossa memória; e o mágico Canal de Beagle, onde navegamos entre ilhas geladas, cercados por leões-marinhos, pinguins e aquela luz dourada do “fim do mundo”.

Cada um desses lugares nos ofereceu algo que não se descreve só com palavras: uma sensação de liberdade, de conexão e de encantamento que só a natureza grandiosa pode proporcionar.

Se você também está buscando uma viagem que vai além do roteiro turístico, que toca a alma e fortalece os laços com quem está ao seu lado, venha comigo nessa jornada. A Patagônia espera por você — com toda a sua beleza arrebatadora e experiências que você nunca vai esquecer.

Torres del Paine: O Paraíso dos Trekking

Eu já tinha visto muitas fotos do Parque Nacional Torres del Paine antes de viajar, mas nada me preparou para a emoção de estar ali, de verdade, diante daquela natureza tão grandiosa e indomada. Foi uma das partes mais marcantes da nossa aventura pela Patagônia — e olha que estávamos com o coração aberto para tudo!

Localizado no extremo sul do Chile, esse parque é mais do que um destino de trekking: é um daqueles lugares que te fazem repensar o tamanho dos seus problemas diante da imensidão da natureza. O parque é tão especial que foi declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO, e não é difícil entender o porquê. Em poucos dias vimos guanacos cruzando trilhas, ouvimos o som do vento varrendo os campos abertos, admiramos lagos de um azul surreal… e ainda tivemos a sorte de ver um condor-andino sobrevoando bem acima de nós — uma cena digna de filme.

Trilhas surpreendentemente belas

Circuito W: um desafio transformador
Eu confesso que fiquei um pouco apreensiva antes de começar o famoso Circuito W — são 4 a 5 dias de caminhada, e apesar de não sermos atletas, resolvemos encarar. E que bom que fizemos isso! Cada dia foi uma mistura de superação, silêncio e beleza pura. Cruzamos vales escondidos, passamos por glaciares e, em muitos momentos, a única coisa que ouvíamos era o som dos nossos passos e o vento. Não dá pra explicar a sensação de estar ali — é como se o tempo tivesse outro ritmo.

Base das Torres: a trilha mais emocionante da viagem
Essa foi a trilha que mais nos marcou. A caminhada é exigente, especialmente na parte final, onde a subida parece não ter fim. Mas, quando a gente chega ao mirante e vê aquelas três torres de granito refletidas na água gelada da lagoa… não tem como não se emocionar. Eu e meu marido ficamos um tempo em silêncio, só olhando, tentando guardar aquele momento na alma. Vale cada passo!

Lagos e cachoeiras para se perder (e se encontrar)
Entre uma trilha e outra, encontramos refúgio em paisagens que pareciam pintadas à mão. O Lago Grey, com seus icebergs flutuando tranquilamente, foi um dos nossos favoritos. Já o Lago Pehoé nos deixou hipnotizados com seu tom turquesa vibrante, especialmente ao entardecer. E a força da cachoeira Salto Grande… impossível passar batido. Paramos ali por um bom tempo, só ouvindo o barulho da água e agradecendo por estarmos vivendo aquilo juntos.

Dicas de quem viveu tudo isso

Quando ir
Fomos em novembro, uma época ótima — dias longos, clima mais estável (mas ainda imprevisível, como tudo na Patagônia). Vimos de tudo: sol, vento, chuva e até um pouquinho de neve. Então vá preparada para tudo!

O que levar
Se eu puder dar um conselho valioso: camadas são suas melhores amigas! Use roupas térmicas, impermeáveis e confortáveis. Minhas botas de trekking foram fundamentais. E não esqueça protetor solar, boné, lanches leves e bastões de caminhada — eles me salvaram nas subidas!

Onde ficar
Nós optamos por uma combinação: algumas noites em refúgios simples ao longo do circuito e outras em um lodge aconchegante, com aquele banho quentinho e jantar delicioso no final do dia. Se você curte conforto, vale a pena investir em um desses. Mas, se a ideia for acampar, planeje bem e reserve com antecedência — a procura é grande na alta temporada.

Glaciar Perito Moreno: O Encanto Hipnótico do Gelo Vivo

Eu achava que já tinha me emocionado o suficiente na Patagônia, mas então chegamos ao Glaciar Perito Moreno — e tudo mudou. Ver essa imensidão de gelo de perto foi como entrar em outro mundo. A sensação é difícil de descrever: é como se o tempo desacelerasse, o vento falasse mais alto e a natureza dissesse, com firmeza, “olha o que eu sou capaz de criar”.

Localizado na província de Santa Cruz, na Argentina, o Perito Moreno é uma das atrações mais impressionantes que já visitamos em nossas viagens. Ele está dentro do Parque Nacional Los Glaciares, que por si só já é lindíssimo, mas é essa muralha branca e azul que realmente hipnotiza. E o mais incrível: mesmo com todas as mudanças climáticas, o Perito Moreno continua em equilíbrio, avançando e perdendo gelo em um ciclo constante — é literalmente um gelo vivo.

Ficamos horas observando o glaciar e, de repente, sem aviso, ouvimos aquele estalo forte, como um trovão seco. Logo depois, um enorme bloco de gelo se desprendeu e caiu nas águas do Lago Argentino, provocando um estrondo seguido de silêncio. Olhei para o meu marido e os dois estávamos com os olhos arregalados — foi emocionante, quase sagrado.

Experiências que Marcaram

Passarelas: contemplação com alma e silêncio
Começamos o passeio pelas passarelas — e que decisão acertada. Caminhar calmamente, parando em diferentes pontos e ângulos, nos deu tempo de absorver tudo com calma. É inacreditável como o glaciar parece mudar de cor dependendo da luz do dia. Às vezes, um azul profundo; em outros momentos, um branco quase prateado. O som do gelo se movimentando é constante — uma espécie de lembrete de que aquilo tudo está vivo.

Trekking no gelo: um passo fora da zona de conforto
Eu quase desisti de fazer o trekking, confesso. Fiquei pensando: será que é seguro? Será que eu dou conta? Mas, incentivada pelo meu marido (e por um guia super tranquilo), topei. E que experiência! Colocamos os grampones, aprendemos a andar sobre o gelo e seguimos por fendas e pequenas lagoas congeladas que pareciam saídas de um conto fantástico. Caminhar sobre o glaciar foi uma das coisas mais extraordinárias que já fiz na vida.

Passeio de barco: a imponência do gelo cara a cara
No dia seguinte, fizemos o passeio de barco. Estar bem pertinho daquela parede de gelo de até 70 metros de altura foi outra experiência transformadora. O barco parecia pequeno diante da grandiosidade da geleira. Ali, em silêncio, só observando as formas e os diferentes tons de azul, me peguei pensando em como o mundo é cheio de lugares que ainda conseguem nos surpreender de verdade.

Curiosidades que nos deixaram ainda mais fascinados

O rompimento natural acontece a cada poucos anos. Não tivemos a sorte de ver um rompimento completo, mas mesmo os pequenos desabamentos foram impactantes. Fico imaginando como deve ser testemunhar um evento desses ao vivo — deve arrepiar até a alma.

O nome “Perito Moreno” homenageia Francisco Moreno, um explorador argentino que teve papel essencial na definição das fronteiras da região. Saber disso deu um peso histórico à visita — é mais do que beleza, é também identidade e história.

O glaciar avança cerca de 2 metros por dia. Pode parecer pouco, mas quando você está ali, diante daquela massa de gelo que se movimenta sem que a gente perceba, dá pra entender como a natureza age no seu próprio tempo, com força e constância.

Canal de Beagle: Navegando Juntos no Fim do Mundo

Quando desembarcamos em Ushuaia, me dei conta de que estávamos mesmo no “fim do mundo”. E não é só uma frase de efeito — é uma sensação real. Ali, onde a América do Sul termina e o vento parece sussurrar histórias de exploradores e navegadores antigos, começamos mais um capítulo da nossa viagem em casal pela Patagônia.

O Canal de Beagle, que separa a Ilha Grande da Terra do Fogo de outras ilhas menores ao sul, foi um dos trechos mais mágicos da nossa jornada. Seu nome homenageia o navio HMS Beagle, o mesmo da famosa expedição que trouxe Charles Darwin a essas terras geladas no século XIX. Saber disso tornou tudo ainda mais especial: é como se estivéssemos navegando por um pedaço da história do mundo.

Navegar é Preciso… e Inesquecível

Um barco, o vento no rosto e uma sinfonia natural ao redor
Fizemos um passeio de barco pela manhã e, apesar do frio cortante, nos aconchegamos lado a lado, cobertos com casacos e cachecóis, prontos para ver o que o canal tinha a nos mostrar. E ele não decepcionou. Passamos por pequenas ilhas repletas de vida: leões-marinhos se espreguiçando nas pedras, cormorões de peito branco alçando voo e, para minha alegria, pinguins-de-magalhães marchando em grupo — uma das cenas mais fofas que já vimos em viagem.

Farol Les Éclaireurs: solitário, firme e fotogênico
Um dos momentos mais simbólicos foi quando avistamos o Farol Les Éclaireurs, aquele que muitos chamam de “o farol do fim do mundo”. Ele não é habitado, mas sua presença no meio daquele cenário vasto e silencioso é quase poética. Ficamos alguns minutos em silêncio, só olhando, com o mar calmo ao redor e as montanhas nevadas ao fundo. Foi como se o tempo tivesse parado.

Ushuaia: onde começa (ou termina) o mundo

Nossa base para explorar o Canal de Beagle foi Ushuaia, a charmosa cidade portuária que se orgulha de ser a mais austral do planeta. Além de ser ponto de partida para as excursões, ela nos ofereceu bons restaurantes, lojas com lembranças únicas e passeios culturais que valeram cada segundo.

Museu do Fim do Mundo e o presídio de Ushuaia foram duas visitas que nos ajudaram a entender melhor o passado da região — desde os povos indígenas até os primeiros colonizadores e prisioneiros que viveram ali. É uma cidade com alma, cercada por montanhas, mar e histórias.

Dicas de quem viveu essa travessia

Prefira embarcações menores. Elas permitem uma aproximação maior das ilhas e uma experiência mais intimista. E, claro, se estiver viajando em casal, como nós, é uma delícia ter um cantinho mais reservado para dividir esse momento especial.

Escolha um passeio que combine natureza e história. O nosso incluiu paradas nas ilhas dos animais marinhos, passagem pelo farol e um guia que contou curiosidades ao longo de todo o trajeto — fez muita diferença!

Vá no verão (entre outubro e abril), mas leve roupas quentes mesmo assim. O clima muda rápido e o vento é constante. Um casaco corta-vento salvou nossa experiência.

Planejamento da Viagem: Como Organizamos Nossa Aventura na Patagônia

Confesso que planejar essa viagem foi quase tão empolgante quanto vivê-la. Eu e meu marido queríamos algo especial — uma jornada que nos desafiasse, nos conectasse à natureza e, claro, nos proporcionasse momentos inesquecíveis a dois. E foi exatamente isso que encontramos na Patagônia. Mas, para tudo sair como sonhado, o planejamento foi essencial.

Nosso roteiro teve 9 dias, cruzando a fronteira entre Argentina e Chile, alternando trilhas, paisagens de gelo e navegações que nos deixaram sem palavras. Aqui, compartilho com você como estruturamos essa viagem, o que aprendemos no caminho e quanto tudo custou (por pessoa, em dólares).

Melhor Época para Visitar

Escolhemos novembro, que é primavera na Patagônia e já oferece condições muito boas para trekking e passeios ao ar livre. Os dias são longos (alguns com luz até 22h!), e a temperatura variava entre 5 °C e 17 °C, com bastante vento — então levei roupas em camadas, corta-vento, gorro e luvas leves.

Outubro a abril (verão):
Melhor época para atividades como trekking, navegação e fotografia. É alta temporada, então vale reservar hospedagens e passeios com antecedência.

Maio a setembro (inverno):
Ideal para quem busca tranquilidade e paisagens com neve. Muitas trilhas fecham, mas é possível visitar os glaciares e aproveitar a paz das cidades.

Nosso Roteiro de 9 Dias na Patagônia

Dia 1 – El Calafate
Aterrissamos em El Calafate e fomos direto sentir o clima da cidade. À noite, um jantar acolhedor com vinho local e truta grelhada. A aventura começava bem.

Dia 2 – Glaciar Perito Moreno
Fizemos o passeio pelas passarelas e, à tarde, o mini-trekking sobre o gelo. Um dos momentos mais emocionantes da viagem.

Dia 3 – Ônibus até Puerto Natales
Cruzamos a fronteira rumo ao Chile. A viagem de ônibus foi longa, mas linda. Chegamos a tempo de jantar e descansar para o próximo dia.

Dia 4 – Torres del Paine (1º dia de trekking)
Início do Circuito W. Fizemos trilhas leves e curtimos as paisagens incríveis: lagos turquesa, montanhas nevadas e guanacos no caminho.

Dia 5 – Trilha à Base das Torres
Nosso dia mais desafiador — e mais recompensador. As torres refletidas na lagoa glacial formam uma imagem que jamais vamos esquecer.

Dia 6 – Retorno a Puerto Natales + viagem a Punta Arenas
Voltamos e seguimos viagem para Punta Arenas, onde passamos a noite em um hotel simples e aconchegante.

Dia 7 – Voo até Ushuaia
Finalmente, chegamos à Terra do Fogo! Exploramos o centrinho da cidade, jantamos bem e nos preparamos para a navegação.

Dia 8 – Canal de Beagle
Passeio de barco entre ilhas repletas de leões-marinhos, pinguins e cormorões. O Farol Les Éclaireurs fechou a viagem com chave de ouro.

Dia 9 – Café com vista + despedida
Tomamos café de frente para o canal, em silêncio, só relembrando tudo o que vivemos. Partimos com o coração cheio.

Como Nos Deslocamos

Avião:

Voo Buenos Aires → El Calafate

Voo Punta Arenas → Ushuaia
Ambos rápidos e práticos, compramos com antecedência para economizar.

Carro alugado:

El Calafate → Puerto Natales

Puerto Natales → Punta Arenas
Confortáveis e com paisagens lindas — foram parte da aventura.

Traslados e passeios locais:
Reservamos com agências locais, que nos buscaram nos hotéis e explicaram tudo com calma. Para casais, é ótimo não ter que se preocupar com logística no dia a dia.

Orçamento Estimado (por pessoa, em dólares)

ItemValor aproximado (USD)
Hospedagem (9 noites – categoria média)$600
Alimentação (média de $35/dia)$315
Passeio Glaciar Perito Moreno + trekking$150
Transporte terrestre (carro e traslados)$260
Ingressos para parques nacionais$60
Passeio de barco no Canal de Beagle$50
Voo interno (Punta Arenas → Ushuaia)$80
Extras (souvenirs, lanches, gorjetas)$75
Total estimado por pessoa$1.590

💡 Dica de ouro: Leve um cartão internacional ou dólar em espécie. Muitos lugares aceitam cartão, mas os custos com IOF e variações cambiais podem surpreender. Trocar um pouco de dinheiro nas cidades também é uma boa alternativa.

Nosso Conselho Final

Se tem uma coisa que aprendemos com essa viagem foi: a Patagônia recompensa quem se prepara. Não só com paisagens deslumbrantes, mas com uma sensação de conquista e conexão. Ter um roteiro bem definido nos deu segurança para aproveitar cada momento — sem pressa, sem stress, só vivendo.

Se você sonha com uma viagem que mistura aventura, natureza extrema e momentos a dois que ficam pra sempre na memória, comece a planejar agora mesmo. A Patagônia pode parecer distante, mas quando você chega lá… parece que o mundo inteiro fez sentido.

Por fim… Uma despedida que é só o começo

Viajar pela Patagônia foi muito mais do que visitar paisagens bonitas. Foi uma jornada de redescoberta. A cada trilha percorrida, a cada bloco de gelo rompendo no silêncio das montanhas, e a cada pôr do sol refletido nas águas do “fim do mundo”, eu e meu marido sentíamos algo mudar dentro de nós. É como se o vento forte da região levasse embora um pouco da pressa e do barulho que a gente carrega no dia a dia — e nos deixasse mais leves, mais conectados com o essencial.

As Torres del Paine, o Glaciar Perito Moreno e o Canal de Beagle nos mostraram que ainda existem lugares onde a natureza fala mais alto — e onde vale a pena silenciar, olhar, respirar fundo e simplesmente estar presente.

A Patagônia não é só um destino. É um convite. Um chamado para desacelerar, se aventurar e, principalmente, se reconectar. Com a natureza, com quem está ao seu lado e, talvez, com você mesma.

E agora, quero ouvir você!

Está sonhando com sua própria aventura patagônica? Conta aqui nos comentários! Se já viveu algo parecido, compartilha com a gente — suas histórias podem inspirar outras mulheres e casais a embarcarem nessa jornada. E se ficou com dúvidas sobre o roteiro, hospedagem, passeios ou o que levar na mala, pode perguntar. Vamos trocar experiências e planejar juntas a sua próxima grande viagem! 🌍💬

Dicas da autora: Momentos que fizeram a diferença

Depois de tantos dias incríveis, alguns detalhes fizeram a nossa viagem se tornar ainda mais memorável. Se você busca uma experiência verdadeiramente única, anota essas sugestões:

💫 Torres del Paine sob as estrelas
Uma das noites mais especiais da viagem foi quando decidimos ficar acordados um pouco mais tarde no parque, longe das luzes e do movimento. Nos enrolamos em um cobertor, levamos uma bebida quente e fomos observar o céu na Laguna Amarga. O silêncio era tão profundo que parecia mágico. Ver aquele céu patagônico, limpo e cheio de estrelas, com as montanhas ao fundo… foi um daqueles momentos que ficam no coração.

❄️ Glaciar Perito Moreno ao amanhecer
Se puder, agende o mini-trekking para o primeiro horário. Andar sobre o gelo antes da chegada das multidões é como entrar em um mundo paralelo. O som do gelo se rompendo parece mais forte, mais vivo. E se tiver um bom guia — como tivemos — aproveite para perguntar tudo! As histórias e curiosidades geológicas tornam o passeio ainda mais especial.

🍷 Jantar de despedida com sabor e aconchego
No último dia, escolhemos um dos refúgios mais charmosos da viagem para brindar essa experiência. Pedimos cordeiro patagônico, harmonizado com um vinho tinto da região. Estávamos ao lado da lareira, com uma vista linda para as montanhas. Foi uma forma simbólica de nos despedirmos — com calma, gratidão e todos os sentidos despertos.

Se eu pudesse resumir a Patagônia em uma palavra, seria: profunda. Porque ela toca fundo, transforma, e deixa saudade. Espero que esse artigo tenha te inspirado. E quem sabe… a sua próxima aventura já começou agora, com essa leitura?

Até a próxima viagem! 💙