Viajar depois dos 40 tem um sabor especial. É como saborear um bom vinho: com mais calma, mais propósito e com o desejo de viver momentos que realmente valem a pena. Eu e meu marido sempre sonhamos em fazer uma viagem que unisse natureza exuberante, um toque de luxo e, claro, muita conexão entre nós dois. Foi assim que decidimos embarcar em uma jornada inesquecível: primeiro, explorando o paraíso tropical das Ilhas Seychelles, e depois nos aventurando em um autêntico safári na África do Sul.
Essa combinação inusitada nos surpreendeu em todos os sentidos. Do mar cristalino ao rugido dos leões sob o pôr do sol africano, cada momento foi único — e é exatamente isso que quero compartilhar com você.
Se você está planejando uma viagem a dois que una romance, natureza selvagem e experiências fora do comum, continue comigo. Prometo que vai valer a leitura!
Por que escolhemos Seychelles e África do Sul
Quando começamos a planejar essa viagem, queríamos algo diferente do que já tínhamos vivido. Não estávamos mais atrás de grandes centros urbanos nem de destinos lotados de turistas. Queríamos nos reconectar com a natureza, com o outro — e com nós mesmos. E, claro, com uma pitada de romance e aventura. 💛
🌴 Seychelles: o refúgio perfeito para desacelerar
Seychelles surgiu como um sonho. Sempre ouvimos falar das praias de areia branca, da água incrivelmente azul-turquesa e da vibe tranquila das ilhas. Para nós, era o lugar ideal para começar a viagem com o pé direito: desacelerando, aproveitando a natureza sem pressa, curtindo o silêncio e a beleza ao redor. É o tipo de destino que parece sussurrar: “Aproveitem esse momento, ele é só de vocês.”
🐘 África do Sul: um sonho antigo de aventura e natureza selvagem
Depois de alguns dias relaxando no paraíso, sentíamos que queríamos algo mais intenso, mais vibrante. Foi aí que lembramos de um desejo antigo: fazer um safári de verdade, daqueles que a gente só vê em documentários. A África do Sul, além de ser relativamente próxima de Seychelles, nos oferecia isso e muito mais. Misturar o conforto de bons lodges com a emoção de ver animais selvagens no seu habitat natural foi simplesmente mágico.
💑 União de opostos que se completam
Essa combinação de destinos — Seychelles e África do Sul — foi, para nós, como um reflexo do nosso próprio relacionamento: equilíbrio entre paz e emoção, leveza e profundidade. E foi isso que tornou a viagem tão especial. Não estávamos apenas conhecendo lugares novos — estávamos vivendo algo que, de fato, ficou marcado em nós.Ilhas Seychelles: Paraíso no Índico
Dicas práticas para montar esse roteiro dos sonhos
Unir Seychelles e África do Sul em uma mesma viagem pode parecer ousado à primeira vista, mas a verdade é que com um pouco de planejamento, tudo se encaixa perfeitamente. Aqui vão as dicas que fizeram toda a diferença na nossa experiência — e que podem facilitar (muito!) a sua jornada também.
🛫 Melhor época para viajar
Nós escolhemos ir entre setembro e novembro, quando o clima ainda está agradável nas duas regiões e o fluxo de turistas é mais tranquilo.
Seychelles tem clima quente o ano todo, mas entre abril e outubro o mar costuma estar mais calmo e o céu, mais limpo.
África do Sul, nessa mesma época, está no fim do inverno/início da primavera, o que torna os safáris ainda mais emocionantes, já que a vegetação está mais seca e os animais são mais fáceis de avistar.
🧳 Quanto tempo reservar para cada destino
Nosso roteiro teve ao todo 15 dias, divididos assim:
6 dias em Seychelles (três ilhas: Mahé, Praslin e La Digue)
7 dias na África do Sul (safári + Cape Town)
2 dias de deslocamentos e conexões
Se você tiver mais ou menos tempo, é só ajustar a permanência em cada local. Mas recomendo pelo menos 4 dias em Seychelles e 4 na África do Sul para aproveitar bem.
✈️ Conexões e voos
Voamos do Brasil com conexão na Europa (Lisboa, no nosso caso), e de lá seguimos para Mahé, a ilha principal de Seychelles.
De Seychelles, pegamos um voo com escala até Johanesburgo, na África do Sul — e foi tudo bem tranquilo. Só recomendo escolher voos com margens de tempo generosas, pois os deslocamentos são longos e imprevistos acontecem.
💵 Moedas e custos
Em Seychelles, a moeda local é a rúpia seichelense, mas hotéis e restaurantes aceitam bem euros e cartões de crédito.
Na África do Sul, usamos o rand sul-africano. A boa notícia é que o custo de vida por lá é mais acessível do que em muitos destinos turísticos.
🧘♀️ Tipo de viagem: equilíbrio entre luxo e simplicidade
A gente não buscava ostentação, mas sim conforto com propósito. Em Seychelles, escolhemos pousadas pé na areia com charme local. Na África do Sul, ficamos em um lodge com estrutura confortável e um serviço atencioso, mas sem exageros. Essa combinação nos permitiu aproveitar ao máximo sem pesar no bolso.
💉 Vacinas e documentos
- Não foi exigido visto para nenhum dos dois destinos (confirme antes de viajar, pois isso pode mudar).
- Tomamos a vacina contra febre amarela, que é recomendada para quem vai para a África.
- E claro, passaportes válidos e seguro viagem em mãos — não viajamos sem ele, especialmente em destinos com atividades ao ar livre.
Essas foram as escolhas que deram super certo pra gente. E o mais importante: deixar espaço na agenda para se surpreender, mudar de planos e viver o inesperado. Afinal, algumas das melhores memórias da nossa viagem surgiram justamente quando a gente não estava esperando.
Nossas experiências nas Ilhas Seychelles: romance, natureza e pés descalços
Se eu pudesse resumir Seychelles em uma palavra, seria serenidade. Cada canto das ilhas parece sussurrar que o tempo pode, sim, desacelerar. Para mim e meu marido, essa foi a primeira parada da viagem — e foi como uma espécie de “reinício” para nós dois. Nada de despertador, agenda cheia ou preocupações: só o som do mar, boa comida e momentos preciosos a dois.
🏝️ Mahé: onde tudo começou
Mahé foi nossa porta de entrada em Seychelles e já nos conquistou logo no desembarque. Ficamos hospedados em uma pousada charmosa de frente para a praia, onde o café da manhã era servido com vista para o mar e a sensação era de que o mundo lá fora tinha ficado em pausa.
Passeamos pelo mercado de Victoria, pequeno e vibrante, com temperos, frutas e lembranças locais.
Exploramos praias quase desertas como Anse Intendance e Anse Soleil, perfeitas para caminhadas de mãos dadas e longos silêncios compartilhados.
Alugamos um carro por um dia para dar a volta na ilha — e cada mirante era um convite para parar, respirar fundo e agradecer.
🌿 Praslin: um pedacinho do paraíso
De Mahé, pegamos um ferry até Praslin, nossa segunda ilha. Ali a vibe ficou ainda mais tranquila. A ilha é menor, menos movimentada e absolutamente encantadora.
Visitamos o Vallée de Mai, uma floresta considerada Patrimônio da Humanidade, onde vimos o exótico coco-de-mer, símbolo das ilhas.
Relaxamos na famosa Anse Lazio, uma das praias mais lindas que já conhecemos na vida. O mar era de um azul inacreditável, e o tempo parecia parar ali.
Uma das nossas melhores lembranças foi um piquenique improvisado sob as sombras dos coqueiros, com frutas frescas, vinho rosé e a companhia um do outro. Simples, mas inesquecível.
🚲 La Digue: vida sem pressa
Por fim, chegamos à pequena La Digue — e nos apaixonamos. Aqui, quase não circulam carros. A maioria das pessoas se locomove de bicicleta, e foi assim que exploramos a ilha: pedalando por trilhas, entre vilarejos e praias escondidas.
Conhecemos a icônica Anse Source d’Argent, com aquelas pedras gigantes que parecem ter sido esculpidas à mão. Um cenário de filme.
Almoçamos em restaurantes familiares, onde o peixe vinha direto da grelha para o prato, sempre com um sorriso e uma conversa boa.
Encerramos nossos dias com o pôr do sol no porto, tomando uma cerveja local e observando os barcos indo e vindo. Sem pressa, sem planos.
Seychelles nos ensinou a valorizar o simples. A beleza está nos detalhes: nas conchinhas na areia, no cheiro do mar, no café da manhã sem hora e no toque das mãos entrelaçadas durante uma caminhada à beira-mar. Foi o cenário perfeito para nos reconectarmos — com a natureza, com o mundo e um com o outro.
Amei esse título! “Do paraíso ao selvagem” resume perfeitamente a virada de energia que a viagem teve — saindo do ritmo calmo das ilhas para o cenário vibrante e cheio de vida da África do Sul. Aqui está o texto desse tópico, mantendo a narrativa pessoal e emocionante:
Do paraíso ao selvagem: chegada à África do Sul
Deixar Seychelles foi como acordar de um sonho bom… mas a verdade é que outro sonho estava prestes a começar. Nosso próximo destino: África do Sul, um país que sempre nos fascinou pela diversidade, pela natureza exuberante e, claro, pelos safáris. E depois de dias de contemplação e mar cristalino, a ideia de nos aventurarmos na savana trouxe um novo entusiasmo.
✈️ Desembarque em Johanesburgo: o início da nova fase
Chegamos em Johanesburgo prontos para o próximo capítulo da viagem. Foi tudo bem tranquilo, apesar do cansaço do voo. Dormimos uma noite por lá para descansar e no dia seguinte pegamos um voo doméstico rumo à região de Hoedspruit, próxima ao Parque Nacional Kruger — o coração dos safáris sul-africanos.
🐾 A emoção do nosso primeiro safári
Nos hospedamos em um lodge privado com vista para o mato, onde cada detalhe era pensado para nos aproximar da natureza sem abrir mão do conforto. O nosso quarto tinha uma varanda com vista para um pequeno lago, e já no primeiro fim de tarde vimos zebras se aproximando para beber água. Foi surreal.
Acordávamos às 5h da manhã para o primeiro safári do dia. O friozinho da manhã, o céu ainda escuro e a expectativa de ver os “Big Five” (leão, leopardo, elefante, rinoceronte e búfalo) faziam tudo valer a pena.
Tivemos a sorte de ver leões deitados na estrada, girafas cruzando nosso caminho e até um leopardo caçando, algo extremamente raro.
Nossos guias eram experientes, respeitosos com os animais e nos ensinaram muito sobre a fauna e a flora locais.
🌅 Fim de tarde com vinhos e pôr do sol na savana
Depois do segundo safári, no fim da tarde, sempre havia um momento especial chamado “sundowner” — um brinde ao pôr do sol, no meio da savana, com taças de vinho ou gin tônica, e aquele céu laranja de tirar o fôlego. Foi ali que tivemos algumas das conversas mais profundas da viagem. Havia algo de mágico em estar tão longe do mundo e, ao mesmo tempo, tão perto um do outro.
🍴 Gastronomia local e noites sob as estrelas
As refeições no lodge eram um espetáculo à parte. Comemos pratos locais deliciosos, como bobotie (uma espécie de escondidinho temperado com curry) e carnes grelhadas na brasa, sempre com um bom vinho sul-africano para acompanhar.
À noite, voltávamos exaustos, mas felizes. Dormir ouvindo os sons da savana — grilos, sapos, e, vez ou outra, o rugido distante de um leão — era quase terapêutico.
A África do Sul nos trouxe um tipo diferente de encantamento. Foi intenso, vibrante e nos fez sentir vivos de um jeito novo. Se Seychelles foi contemplação e descanso, aqui a viagem ganhou pulsação. E ainda faltava a cereja do bolo: Cape Town, que veio logo depois e nos conquistou de vez.
Lindo, estamos quase no final — e esse tópico é o coração do texto. Aqui é o momento de refletir, trazer emoção e mostrar o quanto a viagem significou pra vocês como casal e como pessoas. Escrevi com carinho, mantendo a narrativa leve, madura e cheia de sentimento:
O que levamos dessa viagem inesquecível
Algumas viagens a gente faz para descansar, outras para conhecer novos lugares. Mas essa… essa foi diferente. Foi uma viagem que nos transformou. Não apenas pelos destinos incríveis que visitamos, mas pelo que vivemos juntos — e o que levamos de volta conosco vai muito além das fotos e das lembranças.
💞 Reconexão verdadeira
Depois de quase 20 anos juntos, é fácil cair na rotina e deixar a correria do dia a dia engolir a leveza da convivência. Essa viagem foi um presente para nós dois. Estar longe de tudo, desconectados do mundo e conectados um ao outro, nos fez lembrar o porquê de termos escolhido caminhar juntos. Rimos, conversamos por horas, e também compartilhamos silêncios confortáveis.
🌿 O valor da simplicidade
Nos lugares mais bonitos que visitamos, o luxo não estava nas coisas, mas nas experiências. Em Seychelles, um mergulho no mar de manhã cedo, com a água morna e transparente, foi tão valioso quanto qualquer hotel 5 estrelas. Na savana africana, ver o sol nascer enquanto um grupo de elefantes caminhava diante dos nossos olhos foi algo que nenhuma tecnologia ou rede social poderia traduzir.
🌍 O mundo é vasto e maravilhoso — e a vida é agora
Essa viagem nos deu uma sensação urgente e deliciosa de que a vida acontece quando a gente se permite viver de verdade. Que não precisamos esperar o “momento certo”, ou deixar para depois. Estar diante da imensidão do mar e da natureza selvagem nos lembrou que somos pequenos — mas que podemos fazer escolhas grandiosas.
📖 Uma história a dois que continua sendo escrita
Voltamos com os olhos brilhando, o coração aquecido e uma nova história para contar. Não apenas para amigos e familiares, mas para nós mesmos. Porque essa viagem virou uma parte da nossa trajetória, um capítulo especial do nosso livro como casal.
Se eu pudesse te dar um conselho, seria: faça essa viagem. Não apenas pelos lugares (que são realmente maravilhosos), mas pelas sensações que ela traz. E leve quem faz seus dias mais leves com você. No fim, é isso que mais importa. 💙
Maravilha! Esse último tópico é como um abraço no leitor — ainda mais sendo direcionado para casais acima dos 40, que buscam experiências com mais propósito, conforto e autenticidade. Preparei algo bem direto, acolhedor e cheio de verdades que só a maturidade traz. 💛
Dicas para casais acima dos 40
Viajar depois dos 40 tem suas delícias — e também seus cuidados. Não temos mais o pique de vinte e poucos anos (nem queremos!), mas em troca ganhamos uma bagagem emocional que transforma qualquer viagem em algo muito mais profundo. Aqui vão algumas dicas que funcionaram muito bem pra mim e meu marido, e que podem te ajudar a aproveitar ainda mais a jornada.
🧘♀️ Escolha um ritmo que respeite vocês dois
Não tente colocar dez atividades por dia. Permita-se acordar sem pressa, almoçar com calma, parar para observar a paisagem… Às vezes, um simples café da manhã com vista já vale mais do que uma maratona de passeios. Aproveite o tempo juntos, e não apenas o destino.
✈️ Planeje bem os deslocamentos
A gente aprende com o tempo que conexões apertadas e longos deslocamentos sem pausas só trazem estresse. Prefira voos com tempo de sobra, organize as malas com antecedência e considere dormir uma noite em cidades de conexão, se necessário. Viajar bem é melhor do que viajar rápido.
🛏️ Invista em hospedagens que ofereçam conforto e tranquilidade
Nessa fase da vida, uma boa cama, um banheiro confortável e um ambiente silencioso fazem toda a diferença. Escolhemos pousadas e lodges com atendimento atencioso, boa localização e, acima de tudo, ambientes que nos faziam sentir acolhidos.
💬 Conversem, sonhem e decidam juntos
A viagem começa no planejamento. Conversar sobre o roteiro, ver fotos dos lugares, imaginar o que vão viver juntos — tudo isso já é parte da experiência. Respeite os gostos de cada um, equilibre os interesses e deixe espaço para surpresas.
💙 Criem memórias, não checklists
Não viaje apenas para “ver os pontos turísticos”. Viaje para viver momentos significativos. Um jantar à beira-mar, um pôr do sol em silêncio, um passeio de bicicleta em uma vila tranquila… são essas memórias que vão aquecer o coração quando vocês voltarem pra casa.
🧴 Cuide do corpo com carinho
Leve protetor solar, remédios que costuma usar, roupas leves mas adequadas, e calçados confortáveis. Não é frescura, é sabedoria. Afinal, o melhor da viagem é estar bem para aproveitá-la por inteiro — e voltar com energia, não exausto.
🌟 Por fim, não espere o “momento ideal” — crie ele
Se há uma lição que essa viagem nos ensinou, foi essa: a vida não espera. Se você pode, vá. Não espere as condições perfeitas. Viajar com quem você ama, com saúde e disposição, é um privilégio — e merece ser vivido agora.
Aos 40, 50, 60 anos ou mais, o que importa é viver com intensidade e intenção. E se for de mãos dadas com quem caminha ao seu lado há tanto tempo, melhor ainda. 💑
